terça-feira, 25 de novembro de 2014

OS CLICHÊS BATIDOS, MANJADOS E REPETIDOS EM TODAS AS NOVELAS DA GLOBO


Você já reparou que toda novela tem enredos parecidos, mas com personagens diferentes?
Quando assistimos, caímos nas mesmas velhas histórias, nas mesmas tramas com caras novas.Faz tempo que os autores não têm mais idéias originais e repetem, repetem e repetem 'ad nauseum' os mesmíssimos assuntos.

Veja  exemplos:
A personagem polêmica 
Pode ser prostituta, pode ser uma carola que na verdade é uma prostituta, pode ser uma golpista que se prostitui, vale até mesmo um enganador de velhinhas inocentes que usa sua sexualidade para subir na vida! A personagem polêmica é elemento indispensável que às vezes chega a ser o único motivo pelo qual os espectadores insistem em assistir uma novela.


A ação social 
Não tem nada melhor do que ensinar a população brasileira a se comportar perante fatos sociais polêmicos que podem incluir: vício em drogas, alcoolismo, portadores de necessidades especiais, câncer, bulimia, anorexia, adolescentes batendo em avós indefesos e até mesmo como lidar com estranhos torcicolos.Tudo bem, é legal usar a novela para “estimular o debate”, mas por que temos que agüentar discursos moralizantes e estereotipados que carecem do mínimo da naturalidade?


A reviravolta prevista 
Você sabe que a mocinha vai ser enganada pelo vilão, você tem certeza que ele é um larapio que está pronto para roubá-la e trai-la com o arquétipo mais vergonhoso da famosa meretriz! É a reviravolta mais lugar-comum da telenovela e ao mesmo tempo todo mundo adora fingir surpresa quando vê a personagem principal na rua da amargura (expressão clichê), esperando a nova reviravolta igualmente prevista: o dia que ela vai dar a volta por cima, triunfante!


O vilão e o bordão 
Estejam eles “ardendo no mármore do inferno” ou xingando “as antas despossuídas” do nosso dia-a-dia, os vilões que tem um bordão geralmente são garantia de aceitação imediata pelo público!


Os sotaques 
Vale Suzanna Vieira nordestina, vale Lima Duarte turco, vale até Antonio Fagundes italianado. O sotaque às vezes pode ser a alma do negócio, afinal… se não fosse o italiano inventado pela globo, eu não saberia o que significa “catzo”, parte da briga frequente entre os Mezenga e os Berdinazzis! Ou seja, Vale tudo! 


A passagem de tempo 
O passado longínquo de 1997 se torna o presente frescor de 2007! A mais velha-nova moda das novelas é o truque quase que teatral da passagem do tempo! Cansados de ter que argumentar razoavelmente bem as atitudes de seus personagens durante um certo período de tempo, autores de novelas apelam para o truque barato do envelhecimento da trama. Os homens ganham cabelos grisalhos e as mulheres ficam cada vez mais jovens!


A participação especial 
Essa é a coqueluche de uma novela com baixa audiência! Vai lá, chama alguém que não tá fazendo novela e coloca ela em três capítulos! Alerte todas as revistas de fofoca lançando fotos das gravações, de preferência da personagem com o mínimo de roupa possível, uma espécie de versão tupiniquim da femme fatale! 


A estrela em ascensão 
Vulgo: Ator/atriz medíocre saído da Malhação. Porque, vamos combinar, eles são medíocres! São poucos os saídos da tele-piada Malhação que de fato adicionam alguma coisa boa ao panteão de rostos bonitos e sem conteúdo de atores de novela. 


O tema musical massacrante 
Lembro de chegar em casa a noite, abrir a porta da sala e ser atingido por uma maçante voz cantando o dramalhão da Lara Fabian, que servia de pano de fundo para uma Carolina Dieckman careca e chorosa! “Somente… por amor… a gente põe a mão” (parece uma letra pornô da Rosana né? Mas era a abertura da novela “O Clone”, cantada por… quem? O nome da banda é “Sagrado Coração da Terra” e de acordo com a Wikipedia ela foi uma banda brasileira de rock progressivo - “tenha medo, tenha muito medo”)


O “quem matou?” 
O mais infalível de todos os clichês novelescos. Todo mundo sabe que a tal da Paraíso Tropical (um arremedo de novela) não estava indo muito bem com o público.O “quem matou” a gêmea má, salvou a trama do sufoco e mesmo assim com muito pouca emoção já que ela repetiu o feito do “quem matou” anterior (o de Belissima, lembra), ou seja, o culpado de todo as coisas ruins da trama é o próprio vilão! 


Metade do elenco trabalha em uma empresa familiar
Não importa o ramo. De grife de roupas a construtora, toda novela sempre tem uma empresa “construída a muito custo” por um homem ou um casal que hoje enriqueceu e sustenta “um verdadeiro império”. Esses proprietários coincidentemente têm mais de um casal de filhos e alguns outros tantos agregados, todos devidamente empregados na companhia, que acaba sendo cenário para muitas das tramas. É o caso da Metalúrgica Gouveia, de Passione (2010).

O filho do empregado é tratado como se fosse da família

O clã rico de uma novela sempre tem empregados devidamente uniformizados, que moram em uma casa anexa à principal. Nesse lugar, o casal de funcionários vive com os filhos, que crescem brincando com os filhos dos patrões e, portanto, sendo tratados como membros dessa família. 


O golpe da barriga funciona
Não importa se a história é de época ou se passa nos dias de hoje. Sempre há uma mulher que, para segurar o amor da sua vida, forja um exame de gravidez -- e algumas chegam até a sustentar uma barriga falsa por algum tempo.


Sempre tem uma criança prodígio
Ela conversa com todos de igual para igual, tem sempre algo relevante para dizer e, muitas vezes, faz o papel de psicóloga do seu núcleo de personagens. Não, não estamos falando daquela vovó simpática que vira-e-mexe também aparece em uma novela. Esse é o perfil da criança prodígio, que parece ter se tornado item obrigatório. 


A mocinha tem uma vida sofrida, mas vive sorrindo
É indiscutível que toda trama precisa de mocinha e vilã -- ou da variação masculina disso. Mas é incontestável também a chatice dessas boas moças. Elas são inacreditavelmente felizes, apesar de na maioria das vezes ter uma vida difícil, e são também puras de coração, não desejam o mal de ninguém, não reclamam de nada e perdoam tudo. 


O par romântico só fica junto no fim da trama
Tudo bem que quase todas as mocinhas são apáticas, mas talvez seja porque elas sabem que irão sofrer até os últimos capítulos. Na ponta do lápis, o vilão se dá bem durante praticamente toda a trama, ou seja, por muito mais capítulos do que o casal de mocinhos -- que invariavelmente só vão ficar juntos no final de história. 


O vilão morre, enlouquece, se arrepende ou foge
Para que o casal de protagonistas viva “feliz para sempre”, é preciso acabar com o vilão -- ou, pelo menos, tirá-lo de circulação para que não atrapalhe mais. Neste caso, são poucas as variações: ele morre ou se suicida, fica louco (ou só tem a loucura comprovada) e acaba internado em uma clínica, se arrepende ou simplesmente consegue fugir.


Alguém se casa no último capítulo
Novela sempre termina com festa. Os vilões que já pagaram seus pecados de um lado, e os mocinhos renovando seus votos de amor de outro. E desde que alguém teve primeiro a ideia de reunir todos eles em um casamento, ninguém mais conseguiu fugir à regra. Afinal, são poucas as festas para as quais até os personagens de núcleos mais distantes podem ser convidados. 


Os segredos são revelados à beira da morte ou no capítulo final
Sempre há um segredo a ser desvendado em uma novela. Seja o paradeiro ou a existência de um filho ou um pai desconhecido até um assassino misterioso. No primeiro caso, a notícia em geral é dada por alguém que está à beira da morte e decide fazer sua última revelação -- na maioria das vezes acompanhada de um pedido de perdão.


Uma mulher é apaixonada por quem não quer nada com ela
A boa e velha ciranda do amor: apaixonar-se por alguém que ama outra pessoa. Em novela, é esse triângulo amoroso que guia a trama, variando apenas entre um homem e duas mulheres ou uma mulher e dois homens. 


Gêmeos de personalidades opostas
Se você tem um irmão gêmeo e ele é todo certinho, você deve ser o descolado da família. Pelo menos essa é a lógica das novelas. Desde Ruth e Raquel (Glória Pires) de “Mulheres de Areia” (1993) a Jorge e Miguel (Mateus Solano) de “Viver a Vida” (2009), os gêmeos que mais se destacaram na dramaturgia são os de personalidades opostas. 


Exames de DNA falsificados com facilidade
A vilã que finge estar grávida para se casar com um mocinho é uma cena que provavelmente você já viu muito em novelas. Falsificar exame de DNA não deve ser tão fácil assim na vida real, mas nas novelas as vilãs conseguem isso com uma frequência incrível.


Cantores famosos em bares simples
Artistas renomados geralmente são convidados para grandes shows, mas não em novela. Você pode curtir um show de Alcione em um barzinho qualquer de “Salve Jorge” ou ouvir uma música ao vivo do Zeca Pagodinho no bar da Dona Jura, de “O Clone”. Também é normal ver personagens comuns interagirem com os artistas.


Acordando com cabelo arrumado e sem olheiras
Os personagens de novelas sempre acordam maquiadas e com cabelos penteados. As olheiras ou a cara de sono passam longe. Ainda é possível receber um café da manhã na cama ou ganhar beijinhos do amado, mesmo sem escovar os dentes. Experimenta você, pobre mortal, sair de casa do mesmo jeito que acorda.


País estrangeiro nos primeiros capítulos
90% das novelas se passam em São Paulo ou no Rio de Janeiro, mas é muito comum uma trama exibir seus primeiros capítulos um cenário internacional Também é normal moradores de outros países falando em português.


Ricos vs. Pobres
As novinhas da periferia se apaixonam pelos ricaços, e isso dá muito certo. Não tem problema de adaptação, de famílias (às vezes tem), mas o amor é lindo e supera as classes sociais.


Os pobres têm casa arrumada e bonita
O núcleo pobre da novela sempre mora numa vila/beco/morro animado, com muita gente gritando nas janelas e uma cota fixa de vizinhas fofoqueiras na escala 10:1. Ok, a gente é assim mesmo. Mas as casas desse pessoal são fora da realidade: o sofá não tem rasgado, a parede não tem infiltração, não tem puxadinho na garagem, não tem goteira, não tem gatonet, tudo é novo e colorido!


Todo mundo conhece todo mundo
A diarista se apaixona pelo gerente do hotel que é filho ingrato da cozinheira que esconde a identidade do verdadeiro pai dele que é o milionário assassinado pela esposa invejosa que tem um caso com o marido da irmã que é um trambiqueiro e vive no bar da velha fofoqueira que adora dizer que o sobrinho se faz de idiota quando corre atrás da diarista que se apaixona pelo gerente do hot


Não existe gente feia
Enquanto o assalariado da novela tem um sorriso de galã, e a mocinha sofrida está com o cabelo sedoso mesmo depois de trabalhar 20h seguidas numa oficina clandestina ao lado de bolivianos, você continua feia, gorda e sebenta mesmo gastando tudo o que ganha em produtos Niely Gold que as desgraçadas fazem tanto propaganda.


Ninguém briga por comida
Outro do núcleo pobre. Perceba: os pobres das novelas são todos refinados, colocam a mesa no café da manhã e degustam o cream-cheese enquantam falam o quanto a vilã é mau-caráter.


O ônibus não é lotado
Nem van, nem metrô, nem trem. Raramente aparece uma imagem que demonstre a realidade, com os personagens voltando do trabalho feitos sardinhas no transporte público.


Não tem cachorro na rua
Não tem cocô na calçada, não tem bicho tarado atacando as pernas da vizinhança, ninguém vai reclamar por cotas pros bichanos não? As pessoas mal têm bichos de estimação. Em que mundo vivem, hein?


As pessoas usam roupa bonita dentro de casa
Nada de camiseta velha do irmão que tem buraco debaixo do braço. Nada de chinelo genérico das havaianas e coçar o saco jogado no sofá. Nada de passar o dia inteiro de pijamão e de meia furada pela casa. Todo mundo está arrumado e maquiado dentro de casa, e nem sequer colocam os pés no sofá pra assistir TV!


Todo mundo acorda tarde
Realidade: você acorda às 6h da manhã com o celular gritando no ouvido, coloca a soneca, perde a hora, levanta correndo às 7h e sai de casa sem pentear o cabelo pra conseguir pegar o ônibus e chegar no trabalho ou na escola a tempo. Na realidade dadaísta das novelas: todo mundo acorda tranquilamente numa manhã ensolarada, dá tempo de tomar banho, tomar café com a família, e ainda ir tranquilamente pegar a condução dando bom dia por cima das muretas baixas pros vizinhos que varrem a calçada serenamente.


Ninguém é viciado em internet
Os personagens nunca mexem no Facebook, nunca tiram fotos da comida pra subir pro Instagram nem ficam dando check-in no Foursquare quando chegam na balada. Aliás, isso é um erro danado nas novelas. Em tempos de Whatsapp, Facebook Messenger e o diabo a quatro, QUEM liga e deixa mensagem de voz pra alguém?


Ninguém usa camisinha em novela.
O bonitão olha para a bonitona. Vão para a cama. Em poucos capítulos ela procura aflita o galã. “Miguel, precisamos ter uma conversa séria!” “Que tipo de conversa, Luciana?” “Miguel, eu... eu... eu estou grávida!” Filhos indesejados são sempre bem-vindos em novelas. Eles implicam sugestões de aborto, testes de DNA, brigas intermináveis, disputas na Justiça, heranças repentinas. Ligam personagens para sempre. Já os filhos desejados, frutos do amor puro e verdadeiro, aparecem aos montes no último capítulo. São meses de explosão populacional descontrolada.


Todo mundo abre a porta para qualquer um.
No condomínio de luxo, a campainha toca de repente. O dono do apartamento abre a porta. É seu maior inimigo.O prédio não tem porteiro para avisar que alguém está subindo? Quando alguém toca a campainha, o morador ainda teria a chance de dar uma espiada pelo olho mágico. Mas ninguém olha pelo buraquinho. 


Para que telefonar se é mais fácil se deslocar?
Novelas precisam de encontros pessoais. Troca de olhares, ameaças de bofetões... Isso não se resolve por telefone. Então os personagens precisam visitar uns aos outros pessoalmente. É uma das frases mais repetidas em novelas: “Oi, eu estava passando e resolvi fazer uma visitinha...”


Gente de classe média baixa grita muito.
Toda novela tem uma família de classe média baixa meio idiotizada que vive comendo e que grita o tempo todo: “MÃE, O TONINHO PEGOU O MOLHO DO MACARRÃO TODO PRA ELE!”, “AH, CALA A BOCA, ABELARDO, NÃO ME COMEÇA COM ESSAS FRESCURA DE NOVO!”.


Gente rica tem um único destino na vida.
Não sei quem inventou que o prazer máximo desta vida está em ir a Paris encher a cara de champanhe. Esse clichê é repetido e repetido eternamente. O conceito de felicidade se resume a Suzana Vieira tomando mais uma taça em algum bateau do Sena, com aquela sanfoninha ao fundo.


Barraco em casamento
Você nunca deve ter presenciado um escândalo em algum casamento na vida real, mas isso acontece com frequência nas novelas, exceto no último capítulo. Sempre tem alguém para atrapalhar a cerimônia e essa pessoa enfrenta vários obstáculos até chegar à igreja. Será que isso acontece porque os noivos veem as amadas vestidas de noiva antes do casamento?

Fonte:Acidez Mental

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